O uso do celular é a principal distração que causa riscos no trânsito para motoristas de São Paulo e Rio. Entre os motoristas que enfrentaram alguma situação de risco enquanto dirigiam, 23% estavam falando ao celular ou se distraíram ao tentar atendê-lo.
Em São Paulo, 28% dos paulistanos confessaram que dirigem e falam ao celular ao mesmo tempo, ante 32% dos cariocas.
Os números são de pesquisa inédita, feita em São Paulo e no Rio, para avaliar a distração no trânsito de motoristas e pedestres, encomendada pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) e divulgados ontem pelo site Estadão.com.
Na pesquisa, que será apresentada hoje na abertura de um congresso internacional de ortopedia, foram ouvidas 1.020 pessoas, das quais 54% dirigem.
Falar ao celular e dirigir é mais comum entre os jovens. Na faixa etária de 18 a 30 anos, 41% reconhecem que usam o celular e dirigem ao mesmo tempo.
"O sistema cognitivo está focado no dirigir e de repente é obrigado a mudar a atenção e dividi-la com o assunto que está sendo tratado ao telefone. O motorista imediatamente reduz a velocidade, não presta atenção ao trânsito e perde o senso de julgamento de que está em risco", disse ao site o ortopedista Marcos Musafir, um dos organizadores do congresso e consultor em traumatologia da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele cita estudo da OMS que mostra que falar ao celular aumenta o risco de acidente em 400%.
Mais motoristas em São Paulo admitem que passaram por alguma situação perigosa ao volante por conta das distrações: 56%. No Rio, o número é de 40%.
Depois do celular, a distração externa aparece em segundo lugar, com 19%, seguida de mexer no som do carro, com 12%, conversar, com 8%, mexer na bolsa e dirigir alcoolizado, com 5% cada.
Fonte: Destak
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