quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Trânsito de SP é ruim ou péssimo para 77% dos paulistanos

pesquisa Dia Mundial Sem Carro 2011, realizada pelo Ibope para a Rede Nossa São Paulo entre 17 e 22 de agosto e divulgada nesta quarta-feira, aponta que 77% dos paulistanos classifica o trânsito da maior cidade do País como "ruim" (55%) ou "péssimo" (22%), índice superior aos 68% contabilizados em 2010. Os entrevistados que consideram o tráfego rodoviário em São Paulo péssimo cresceram 18 pontos percentuais em relação aos 37% registrados no ano passado.

O tempo médio gasto no trânsito para todos os deslocamentos diários é de 2 horas e 49 minutos, segundo a pesquisa, sendo que 55% dos paulistanos utilizam mais de um meio de locomoção diariamente. Os investimentos do governo no transporte coletivo deveriam ser prioritários em relação aos direcionados ao transporte particular para 69% dos paulistanos. Construir ou ampliar mais linhas de metrô e trem, melhorar a qualidade de ônibus e metrô, construir mais corredores de ônibus e construir mais ciclovias são as medidas apontadas como mais importantes para diminuir o problema do trânsito.

Em relação aos pedestres, mesmo após intensificação de campanhas de conscientização, 58% dos entrevistados afirmam que as faixas de segurança têm sido menos respeitadas pelos motoristas nos últimos meses. Entre os que andam a pé com maior frequência, o índice cresce para 66%. Por outro lado, subiu de 45% em 2007 para 53% neste ano o índice de opiniões favoráveis à aplicação de multas para pedestres. Entre quem usa o carro com maior frequência, o número cresce de 42% para 61% no mesmo período.

Apesar dos problemas com o trânsito, a cidade de São Paulo, assim como observado em anos anteriores, foi considerada por 60% dos paulistanos um ótimo ou bom local para se viver.

O Ipobe ainda identificou um aumento na circulação de automóveis particulares na cidade ao longo dos últimos anos. O estudo mostra que, entre os habitantes da cidade que possuem veículo no domicílio, passou de 15% (2007) para 23% (2011) os que afirmam usar o carro "quase todos os dias". Considerando-se o total dos moradores da cidade, o índice dos que utilizam o automóvel "de vez em quando" subiu de 27% em 2007 para 36% em 2011, refletindo queda dos que dizem não utilizá-lo - de 27% em 2007 para 13% em 2011.

A utilização frequente de transportes públicos permanece praticamente a mesma desde 2007. Mesmo assim, aumenta a parcela de entrevistados que se mostram dispostos a deixar de usar o carro diariamente para utilizar outros meios de transporte, inclusive o público: 40% em 2009, 52% em 2010 e 60% neste ano. "A pesquisa indica que há uma pré-disposição da população para utilizar o transporte público desde que ele seja de qualidade", avalia a CEO do Ibope Inteligência, Marcia Cavallari.

A amostra da pesquisa é de 805 entrevistas com moradores de São Paulo com 16 anos ou mais. A margem de erro máxima estimada pelo Ibope é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados totais.

Fonte: Terra

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Solução para o trânsito de São Paulo requer vontade política, diz ONG

São Paulo – A falta de vontade política e a ausência de políticas públicas eficientes de mobilidade urbana são apontadas como as principais razões para a cidade de São Paulo registrar congestionamentos cada vez maiores de veículos em suas ruas. Do outro lado, o aumento das vendas e do número de usuários de automóvel contribuem para o caos eminente. As conclusões foram apresentadas durante apresentação de um estudo sobre o tema realizado pela Rede Nossa São Paulo, nesta quarta-feira (21).

Segundo a ONG, o percentual de paulistanos que afirmaram usar o carro como principal meio de transporte para locomoção dentro da capital subiu de 15% em 2007 para 23% em 2011. Também impressiona a quantidade de pessoas que afirmaram ter comprado pelo menos um carro nos últimos 12 meses: 38% ante a 28% na medição anterior.

"Esses são fatores que aumentam em muito a quantidade de veículos em circulação na cidade", conclui o presidente da entidade, Oded Grajew.

Ainda de acordo com a pesquisa, caiu drasticamente o número de pessoas que deixam o carro na garagem para utilizar outra forma de transporte, de 44% em 2008, para os atuais 13% dos pesquisados. A principal razão é a percepção da má qualidade dos serviços públicos de locomoção - ônibus, metrô e trens.

O tempo médio de deslocamento gasto no trânsito diariamente também cresceu. Em 2010, o paulistano levava 2h42minutos para realizar as principais atividades diárias. Este ano, são necessárias 2h49minutos.

Com tudo isso, a conclusão é que, sem opções, a cidade voltará a ter mais um dia de longos congestionamentos nesta quinta (22), apesar de ser o Dia Mundial Sem Carro.

"A notícia ruim é que a situação é péssima", afirma o ativista. "A boa é que sabemos como melhorar. Falta vontade política para executar as soluções", completa. Segundo Grajew, o prefeito Gilberto Kassab (sem partido, rumo ao PSD), errou ao não cumprir as metas de mobilidade urbana propostas em seu plano de gestão.

Entre as principais lacunas deixadas pela administração, a não implantação do Conselho Municipal de Transportes, o desenvolvimento do plano municipal de mobilidade (apesar de um orçamento aprovado de R$ 15 milhões para os trabalhos), figuram entre as mais graves.

Além de criticar a ação "tímida" da Prefeitura para atender as necessidades de mobilidade, Grajew criticou grandes obras voltadas ao transporte individual. "Quem faz avenida e ponte financia campanha eleitoral. Dá para entender a lógica do sistema", dispara.

Boa vontade
Apesar da redução no número de pessoas que deixam o carro na garagem para realizar deslocamentos pela cidade, cresce a disposição da população de utilizar o transporte público. Em 2009, 40% dos motoristas se dispunham ao transporte coletivo. Atualmente, a proporção é de 60%.

A pesquisa também detectou que 48% dos entrevistados estão dispostos a trocar o automóvel por um menos potente e menos poluente.

"Essa mudança de atitude exige a contrapartida de transporte público decente", disse Grajew, ao criticar a oferta do serviço aos paulistanos.

Os próprios entrevistados indicaram prioridades para melhorar o trânsito na cidade: construção de mais linhas de metrô e trem, seguido de melhora na qualidade de transporte por ônibus e vans e construção de mais corredores de ônibus ou ampliar os já existentes.

Grajew lembrou que os problemas do trânsito causam problemas à saúde da população. "Perde-se um mês por ano no trânsito de São Paulo", calcula. "Outros dois anos são retirados dos paulistanos devido à poluição do ar."

A alternativa para a cidade, aponta o ativista, é dar prioridade total ao transporte coletivo, além de investimentos no transporte alternativo de bicicleta.

Fonte: Rede Brasil Atual

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Trecho norte do rodoanel promete reduzir o trânsito nas marginais em 20%

Convênio assinado hoje por Dilma e Alckmin deve tirar 17 mil caminhões dessas vias

A presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), assinaram nesta terça-feira (13) um convênio que pode tirar cerca de 17 mil caminhões das marginais do rios Tietê e Pinheiros. O documento permitirá a construção do trecho norte do Rodoanel, uma obra que vai consumir R$ 6,51 bilhões e será entregue em novembro de 2014.

De acordo o governo do Estado, 65 mil veículos passarão pelo trecho todos dos dias, tirando 17 mil caminhões das marginais. Além de reduzir em 20% o tráfego local, a emissão de poluentes cairia entre 10% e 15%.

Para que a obra saia do papel o governo Dilma vai liberar R$ 1,72 bilhão, enquanto o Estado investirá R$ 2,79 bilhões e o Bid (Banco Interamericano de Desenvolvimento) outros R$ 2 bilhões. Somados os custos dos trechos Oeste (o primeiro a ser construído), Sul e Norte, o Rodoanel está avaliado em R$ 12,8 bilhões. O novo trecho terá a extensão de 43,86 kms, dos quais 13 kms serão túneis, que devem preservar o Parque da Cantareira, localizado na região.

A presidente lembrou que "São Paulo é uma referência de dinamismo econômico para o Brasil, e a cidade de São Paulo tem um aglomerado humano de impacto inimaginável em outros cantos do mundo".

- Duas questões são importantes: tirar do centro o transporte de cargas é uma obrigação da nossa parte e assegurar que flua o transporte no centro é outra obrigação.

Já para o governador, "o maior beneficiado será o meio-ambiente". Os dois governos também separaram R$ 155 milhões para remover 2000 famílias que moram na extensão do novo trecho. Eles terão de escolher entre receber uma casa popular ou uma indenização, cujo valor não foi revelado.

Hidrovia
Além de investir no Rodoanel, Dilma foi ao encontro de Alckmin na cidade de Araçatuba na manhã de hoje para repassar outros R$ 1,5 bilhão a fim de expandir a Hidrovia Tietê-Paraná. Desse total, R$ 900 milhões sairão dos cofres do governo federal por meio do PAC 2 (a segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento). O restante sairá dos cofres paulistas.

Com mais de 2.400 km de extensão, a hidrovia conecta alguns dos principais Estados produtores de grãos do país: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná. Em 2010, passaram por ela 5.776 milhões de toneladas de cargas como milho, soja, óleo, madeira, carvão e adubo.

Fonte: R7

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Até janeiro, todos os semáforos de São Paulo devem ser inteligentes

Com objetivo de melhorar o fluxo de carro e diminuir o tempo de espera para os pedestres atravessar as ruas, a CET diz que até janeiro de 2012 todos os semáforos mecânicos serão substituídos pelos eletrônicos na cidade de São Paulo. Os equipamentos são programados para abrir e fechar de acordo com a quantidade de veículos, pois um laço detector consegue captar a quantidade de veículos no local.

Atualmente em SP existem 6.138 cruzamentos com semáforos e 876 deles são mecânicos. Os novos equipamentos serão conectados por meio de uma fibra óptica que será ligada à central da companhia e estarão conectados a um sistema digital – hoje é analógico, segundo informou a CET.

O projeto faz parte do programa de revitalização dos semáforos da cidade e pertence ao programa Procentro, coordenado pela SP-Urbanismo e conta com o financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Além dos semáforos inteligentes,outros seis projetos são financiados pelo BID, entre eles construção de dutos subterrâneos para passagem de cabos; sinalização de trânsito, que irá alterar circulação em vistas do centro da cidade; e obras de reconfiguração da via e em alguns cruzamentos.

Desde o início de abril deste ano, a CET está testando semáforos em que é possível saber o momento em que ele abrirá e fechará aos veículos. Os equipamentos estão instalados em 12 cruzamentos, na zona oeste, central e zona sul.

Câmeras e multas

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) de São Paulo começará a usar neste mês câmeras de monitoramento de trânsito para autuar motoristas que desrespeitam pedestres em cruzamentos da cidade.

A iniciativa marca o início da fiscalização além dos limites do centro, onde condutores já estão sendo multados por agentes desde 8 de agosto. Em outras oito áreas da cidade, as autuações começarão no dia 19.

A CET tem 240 câmeras espalhadas pela cidade, que são monitoradas por cinco centrais. Nelas, os agentes da CET vão observar à distância nas câmeras quem deixa de dar preferência a pedestre na faixa com e sem sinal (ambas infrações gravíssimas), quem deixa de dar preferência a pedestre fora da faixa (grave) e quem para na faixa (média).

Fonte: R7

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Câmeras da CET vão ajudar a multar motorista em faixa de pedestre em SP

Autuações começarão no dia 19 de setembro em oito novas áreas da cidade.
Segundo CET, número de multas deve subir com o trabalho à distância.

A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo começará a usar neste mês câmeras de monitoramento de trânsito para autuar motoristas que desrespeitam pedestres em cruzamentos da cidade. A iniciativa marca o início da fiscalização além dos limites do Centro, onde condutores já estão sendo multados por agentes desde 8 de agosto. Em outras oito áreas da cidade, as autuações começarão no dia 19 de setembro.

A CET tem 240 câmeras espalhadas pela cidade, que são monitoradas por cinco centrais. Nelas, os agentes da companhia vão observar à distância nas câmeras quem deixa de dar preferência a pedestre na faixa com e sem sinal (ambas infrações gravíssimas), quem deixa de dar preferência a pedestre fora da faixa (grave) e quem para na faixa (média).

A companhia está testando câmera por câmera para saber quantas têm definição suficiente para mostrar com nitidez manobras do infrator e, pelo zoom, placas de carros. Até esta quinta-feira (1º), já são considerados aptos equipamentos de seis cruzamentos: Viaduto Santa Generosa e Rua Correia Dias (Vila Mariana), Ruas da Consolação e Maria Antonia (Centro), Avenidas Cruzeiro do Sul e Zaki Narchi (Zona Norte), Avenidas Celso Garcia e Salim Farah Maluf (Zona Leste), Alameda dos Maracatins e Avenida Iraí, Rua Vieira de Morais e Avenida Santo Amaro (Zona Sul). Neste primeiro mês, as multas por câmera começarão no Centro e na Vila Mariana.

Com as autuações à distância, o número de multas deve subir. "Mesmo que a gente não consiga autuar daqui [da central de monitoramento], poderemos ver qual cruzamento está tendo mais problemas e mandar um agente para lá", diz o superintendente de engenharia de tráfego da CET, Mario Rodrigues dos Santos.

Fonte: G1